Estado de SP apresenta plano para elevar salário inicial de professores para R$ 4 mil

O governador João Doria (PSDB) fala sobre o plano de carreira para professores da rede estadual — Foto: Tahiane Stochero/G1


O Governo de SP apresenta plano para elevar salário inicial de professores para R$ 4 mil em 2022. Projeto que será apresentado à Alesp terá adesão voluntária e prevê treinamentos e avaliações contínuas. Diretores terão gratificação de acordo com complexidade e tamanho das escolas.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou um programa de modernização da carreira de professores, buscando maior atração de profissionais e previsão de aumento salarial, tanto nos níveis iniciais quanto finais da carreira.

Assista o vídeo abaixo para entender melhor o assunto:


O projeto custará R$ 1 bilhão ainda em 2020 e, no total, R$ 4 bilhões nos próximos três anos (veja o vídeo). Ele será enviado na próxima semana à Assembleia Legislativa do Estado (Alesp). Será a Alesp que irá analisar e poderá aprovar ou não a lei de reestruturação da carreira, segundo o secretário de Educação, Rossieli Soares.

"Faremos a valorização do ensino através da valorização de professor. Professor bem preparado, significa aluno bem formado", disse Doria.

A adesão ao programa será voluntária, de acordo com o secretário e prevê que o salário inicial da carreira, hoje em R$ 2.585,00 (remuneração bruta), passe a R$ 3.500,00 já em 2020 e chegue a R$ 4.000,00 em 2022 (veja o vídeo acima).

Os professores que aderirem ao programa passarão por treinamentos e avaliações continuamente. Também haverá aumento salarial a diretores de escola, que terão incentivos conforme a localização, número de turnos e de alunos da unidade.

Entenda as mudanças na carreira dos professores de SP:

  • A adesão será voluntária. Os professores que aderirem passarão por treinamentos contínuos e avaliações, tanto teóricas quanto práticas.
    • Hoje, o salário inicial da carreira é de R$ 2.585,00. Em 2020, passará para R$ 3.500,00 e, em 2022, chegará a R$ 4.000,00.
    • A remuneração será por subsídio (uma forma prevista em lei, de composição fixa e única, e não mais variável e formada por vários itens) e não será possível nenhum profissional que aderir ganhar menos do que recebe atualmente.
    • O modelo de remuneração atual possui 64 referências salariais, formadas conforme a promoção por mérito e a evolução na função. A nova carreira terá 15 referências salariais, com piso inicial de R$ 3.500,00 para quem está em estágio probatório e temporário e chegará a R$ 10 mil no fim da carreira.
    • Haverá equiparação na base salarial inicial de professores dos anos iniciais da educação pública com os demais professores, o que não ocorre hoje.
    • Atualmente, professores com mestrado e doutorado têm direito a acelerar o crescimento na carreira. Pelo novo plano, professores com mestrado terão incremento de 5% no salário e, os com doutorado, 10%.
    • Haverá gratificação variável a diretores de escolas de acordo com complexidade da unidade, número de alunos e turnos e vulnerabilidade do local onde a escola está localizada.

    O secretário de Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que "os recursos para o programa estão assegurados e estão no Orçamento de 2020. O que existe agora é uma prioridade absoluta do governo na questão da educação".

    "Professores de excelência fazem a diferença na vida do estudante a carreira docente precisa ser mais ser atrativa, com salários iniciais competitivos, e com formação continuada", assinalou Rossieli.

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